sexta-feira, junho 08, 2007

Olhares e dizeres da ocupação da Reitoria-USP 2007



















Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.

Manuel Bandeira

Ps. Sempre tem um fura-greve.


















Sou
o equilibrista que
no ar caminha
descalço
sobre um arame
de farpas

(Ricardo Piglia)

Ps. Por que ainda precisamos de símbolos fálicos?


















"Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas. O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa sobre nossos pés. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos progresso."
Walter Benjamin


















O maio de 2007 na USP. As barricadas do desejo?
Como tragédia? Como farsa?


















ocupação de dia...


















... e de noite


















Caminhando e cantando e seguindo a canção
somos todos iguais braços dados ou não...


















Todos iguais, mas uns mais iguais que os outros...


















Autonomia? Para quem?


















Nada + nos U.N.E.


















"Do rio que tudo arrasta, se diz que é violento. Mas ninguém diz violentas, as margens, que o comprimem."
(Bertolt Brecht).



















A gente (Ainda?) somos inútil


















a torre do relógio...


















... e as antenas de TV


















Ainda é proibido proibir?


















Hai que endurecer, pero sin perder la ternura, jamás!



















Transmissão ao vivo diante das barricadas. Tudo muito imparcial.


















Dormitório Suely Vilela


















"O vampiro brasileiro"
José Simão


















É o fim.